Como conseqüência dos setenta anos de cativeiro na Babilônia, e em virtude da forte influência do aramaico, a língua hebraica se enfraqueceu. Todavia, os fiéis à tradição de preservar os oráculos em sua própria língua, os judeus não permitiam, ainda, que fossem esses livros sagrados vertidos para outro idioma. Alguns séculos depois mais tarde, porém, essa atitude exclusivista e ortodoxa teria de dar lugar a um senso mais prático e liberal. Com o estabelecimento do império de Alexandre o Grande, a partir de 331 a.C., o grego popularizou-se a ponto de tornar imprescindível uma tradução da Sagrada Escritura para essa língua.Segundo o escritor Aresteas, a tradução grega foi feita por setenta e dois sábios judeus (daí o seu nome Septuaginta), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C., a pedido de Demétrio Falário, bibliotecário do rei Ptolomeu Filadelfo. Terminada trinta e nove anos mais tarde, essa versão assinalou o começo de uma grande obra que, além de preparar o mundo para o advento de Cristo, deveria tornar conhecida de todos os povos a Palavra de Deus. Na igreja primitiva, era essa versão conhecida de todos os crentes.
Nem todos os livros do Antigo Testamento, infelizmente, foram bem traduzidos da “Septuagina”, razão pela qual Orígenes, por volta de 228 d.C., compôs a Hexapla, ou versão de seis colunas, contendo a versão grega dos Setenta e as três traduções gregas do Antigo Testamento efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Simaco de Samaria. Estas Três últimas foram realizadas, respectivamente, em 130, 160 e 218 d.C. Além destas constavam nas duas últimas colunas o texto hebraico e o mesmo texto em grego. Esta grandiosa obra, constituída de cinqüenta volumes, perdeu-se provavelmente quando os sarracenos saquearam Cesaréia em 653 d.C.
Em 382 d.C., o bispo Dâmasco encarregou Jerônimo de traduzir da Septuaginta para o latim o livro dos Salmos e o Novo Testamento, o que ele fez em três anos e meio. Mais tarde, um novo bispo assumia a direção da Igreja em Roma e percebia, com inveja, a grande cultura e influência de Jerônimo. Este, perseguido e humilhado, se dirige a Belém, na Terra Santa, e ali estuda e trabalha durante trinta e quatro anos na tradução de toda a Bíblia para a língua latina. Jerônimo escreveu ainda vinte e quatro livros de comentários bíblicos, um conjunto de biografias de eremitas, duas histórias da igreja primitiva e diversos tratados.
Mais tarde, a Bíblia de Jerônimo ficou conhecida como Vulgata (vulgar), e foi a base de todas as traduções durante os mil anos seguintes. No Concílio de Trento (1545-1547), a igreja católica proclamou a Vulgata como a autêntica versão das Escrituras em latim, e pronunciou um anátema “sobre qualquer pessoa que afirmasse que qualquer livro que nela se achava não fosse totalmente inspirado em toda a parte”.
Discordando da posição do concílio tridentino, muitos eruditos modernos acham a Vulgata uma tradução pobre, com algumas falhas graves.
Via http://www.universidadedabiblia.com/B%C3%8DBLIA--O-Livro-dos-Livros.php
Pb Aloisio Lucas
Nem todos os livros do Antigo Testamento, infelizmente, foram bem traduzidos da “Septuagina”, razão pela qual Orígenes, por volta de 228 d.C., compôs a Hexapla, ou versão de seis colunas, contendo a versão grega dos Setenta e as três traduções gregas do Antigo Testamento efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Simaco de Samaria. Estas Três últimas foram realizadas, respectivamente, em 130, 160 e 218 d.C. Além destas constavam nas duas últimas colunas o texto hebraico e o mesmo texto em grego. Esta grandiosa obra, constituída de cinqüenta volumes, perdeu-se provavelmente quando os sarracenos saquearam Cesaréia em 653 d.C.
Em 382 d.C., o bispo Dâmasco encarregou Jerônimo de traduzir da Septuaginta para o latim o livro dos Salmos e o Novo Testamento, o que ele fez em três anos e meio. Mais tarde, um novo bispo assumia a direção da Igreja em Roma e percebia, com inveja, a grande cultura e influência de Jerônimo. Este, perseguido e humilhado, se dirige a Belém, na Terra Santa, e ali estuda e trabalha durante trinta e quatro anos na tradução de toda a Bíblia para a língua latina. Jerônimo escreveu ainda vinte e quatro livros de comentários bíblicos, um conjunto de biografias de eremitas, duas histórias da igreja primitiva e diversos tratados.
Mais tarde, a Bíblia de Jerônimo ficou conhecida como Vulgata (vulgar), e foi a base de todas as traduções durante os mil anos seguintes. No Concílio de Trento (1545-1547), a igreja católica proclamou a Vulgata como a autêntica versão das Escrituras em latim, e pronunciou um anátema “sobre qualquer pessoa que afirmasse que qualquer livro que nela se achava não fosse totalmente inspirado em toda a parte”.
Discordando da posição do concílio tridentino, muitos eruditos modernos acham a Vulgata uma tradução pobre, com algumas falhas graves.
Via http://www.universidadedabiblia.com/B%C3%8DBLIA--O-Livro-dos-Livros.php
Pb Aloisio Lucas
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