terça-feira, 31 de maio de 2011

Perdão e Casamento

Deus criou o relacionamento conjugal:
Uma relação única na experiência humana - Não há nenhum outro relacionamento tão íntimo e gratificante.
O casamento nos obriga a viver com outra pessoa na mais íntima união conhecida pela humanidade.
Essa intimidade pode ser intimidante. Somos obrigados a revelar o nosso verdadeiro eu, muitas vezes com medo de sermos rejeitados.
Uma vez que vencemos o medo da transparência, descobrimos que não existe relação mais maravilhosa e prazerosa.
Nessa união divina, temos a oportunidade de perdoar e amar como Deus nos ama.


1. Perdoar é uma escolha!
O perdão é maior prova de amor no casamento.
O perdão dá oportunidade ao outro de ser hoje quem não era ontem.
Perdoar liberta tanto o ofensor quanto o ofendido.
Você se lembra da história da prostituta arrependida que banhava os pés de Jesus com as suas lágrimas e enxugou-os com seus cabelos (Lucas 7.36-50)? Depois que ela realizou esse ato de respeito e amor, Jesus contou a história de dois homens que deviam dinheiro a um mesmo credor. Um devia 500 denários, e o outro apenas 50. A história revela muita coisa.
A dívida do primeiro era enorme, impagável, não havia nenhuma possibilidade dele quitar a dívida.
O único meio de o devedor ser livre da dívida, era receber o perdão do credor. O credor, graciosamente, tinha que cancelar a dívida.
Ao contar a história, Jesus fez a seguinte pergunta: "Qual dos homens será mais agradecido ao credor?" A resposta é óbvia - aquele que foi perdoado da maior quantia. Perdão gera o amor na sua forma mais plena. Quem muito é perdoado, muito ama.

2. Devemos perdoar ainda que os erros sejam repetitivos (Mateus 18.19-21).
Perdão generoso, ainda que ajam faltas reincidentes, gera amor profundo e duradouro.
Perdoar “setenta vezes sete” significa perdoar sempre.
No casamento, determinadas infrações serão repetitivas - conte com isso!
Alguns casam com uma lista pronta das coisas que seu cônjuge tem que fazer ou não fazer. As exigências podem levar o outro à borda da insanidade.
Cada pessoa tem seus hábitos, alguns irritantes, que mesmo depois de casados, são persistentes, não importa o que o outro diga ou faça!
Perdoar é essencial para o crescimento, amadurecimento e mudança do relacionamento.

3. Não contabilize erros, perdoe imediatamente (Efésios 4.26,27).
Todo casal deveria ter Efésios 4.26 gravado numa placa bem visível acima da cama: "Não deixe o sol se por, enquanto você ainda está zangado." Ou parafraseando: "Perdoe ou perca o sono!" A mensagem é clara - não durma até esclarecer tudo o que tem prejudicado o seu relacionamento durante o dia. O fluxo de adrenalina que alimenta a raiva os manterá acordado.
Quem adia ou deixa o perdão:
Permite que o desejo de perdoar acabe.
Permite que o coração endureça e permaneça fechado.
Permite que os afazeres do dia a dia impeçam a reconciliação.
Permite que interferências negativas.
Permite a ação do diabo.
Quem não conversa e perdoa rapidamente - especialmente antes de o dia terminar faz dívidas enormes e em longo prazo. Ou você paga suas contas ou as faz em curto prazo ou pagará um juros altíssimo pela sua teimosia.
Não permite os avanços do outro.
A sua relutância acaba por incomodar o seu cônjuge que também se recusa a perguntar o que está acontecendo.
O outro simplesmente se vira e dorme.
Você não entende como o outro não se dá conta do que fez e fica mais zangado.
A calma e “cara de pau” do outro é irritante.
Você luta para conseguir dormir. Sua raiva cresce cada vez que você ouve o ronco.
No dia seguinte você acorda sentindo-se mal. A raiva não resolvida torna-se um ponto de apoio para o grande destruidor das famílias.
Ao deixar de lidar com as ofensas, você deixa de agir sobre um princípio divino para agir sobre um princípio satânico.

4. O perdão sara, fortalece, e amadurece a união conjugal!
O casamento é diferente de qualquer outro relacionamento.
Só no casamento podemos ser forjados em uma emocional e espiritual união física.
Falta de perdão interrompe essa unidade em todos os níveis.
Falta de perdão perturba a unidade emocional.
Pior de tudo, rompe sua unidade espiritual.
Vocês vão parar de ler a Bíblia e orar juntos, ou praticarão as devoções como hipócritas, fingindo estar tudo bem - quando não está!
Jesus advertiu-nos para não oferecer oferta no altar, quando houver algo entre nós (Mateus 5.23-24).
Paulo nos instrui a examinar a nós mesmos antes de celebrar a ceia do Senhor (I Coríntios 11.27-29).
Esse autoexame inclui os relacionamentos horizontais em especial a relação do casamento.
Se seu casamento está em desordem, a sua capacidade de desenvolver-se espiritualmente está em perigo.
Leia Pedro 3:1-7. O que Pedro 3.7 afirma?
Quando o casal não se compreende e obedece a Palavra, suas orações são impedidas.
A unidade do casamento depende de cada parceiro. Eles perdoam continuamente para restabelecer a sua relação única.
O ato de perdoar faz o casal experimentar a graça de Deus enquanto dá um ao outro o que Deus tem graciosamente dado a cada um.
Perdoar é a única maneira de manter a saúde e a unidade da relação.

5. Aprendendo a se apaixonar de novo – a arte de manter um bom casamento!
Quando você se casou sua primeira emoção falou mais alto.
Tudo culminou com uma lua de mel maravilhosa.
Romance, paixão, celebração e prazer.
Você estava certo de que nada poderia ficar entre você e seu cônjuge.
O romance manteve as suas emoções alteradas e o amor superou os desentendimentos, a raiva, e a dor.
Ora, se a paixão e romance eram mais fortes do que as dificuldades.
Está claro o que precisamos fazer?
Mantenha acesa a chama do amor. O desejo de amar deve ser mais forte do que qualquer desentendimento.
Aprenda a perdoar e buscar a cura emocional.
Cuidado para que expectativas irreais do casamento o façam vulnerável.
Não espere o romance continue como se fosse uma febre - a paixão existe - mas ela vem e vai.
Quem não é capaz de perdoar e renovar o amor fará com que o casamento torne-se emocionalmente falido, emocionalmente morto.
A maioria dos casamentos pode sobreviver a uma grande dose de estresse externo, mas poucos casamentos sobrevivem à morte emocional.
Perdão, reconciliação e luta pela unidade são essenciais para a manutenção de um relacionamento emocional saudável.

6. Confrontar-se com cuidado e carinho.
Casamento exige uma relação de responsabilidade diante de Deus e do homem.
O desejo de enfrentar um ao outro pode ser a nossa primeira linha de defesa, mas além de nos afastar um do outro, nos afastará de Deus.
Quando um dos cônjuges nota que o outro está negligenciando as disciplinas espirituais deve motivar a mudança com delicadeza e doçura.
Mas nunca use Deus e a Bíblia como uma marreta.
A impaciência e a o “pavio curto” são sinais que a vida espiritual está ficando em segundo plano.
Confronte com sensibilidade e sabedoria (Salmos 51.17, 34.18, Tiago 4.6-10).
Não evite a confrontação quando alguma coisa que vai mal precisa ser abordada (Hebreus 3.9-13).
Quem ama não permanece em silêncio quando o outro vive um padrão autodestrutivo ou prejudicial a sua família, ou a causa de Cristo.

7. A reconciliação é OBRIGATÓRIA!
O perdão é necessário em todos os nossos relacionamentos - mas o confronto e reconciliação dependem das circunstâncias e do agir do Espírito Santo.
O casamento é a exceção. Deus ordenou a unidade do relacionamento conjugal. Ele exige que os maridos e as esposas não apenas perdoem uns aos outros, mas também tomem todas as medidas necessárias para assegurar a reconciliação!
Em muitos relacionamentos, pode haver uma lacuna entre o perdão e a reconciliação.
Pode haver intervalos naturais de separação. São lacunas do tempo que nos proporcionam a oportunidade de colocar nossas emoções sob controle e gastar tempo meditando sobre o assunto para receber o toque do Espírito Santo que nos levará em direção à reconciliação.
No casamento há exigências diferentes!
O casamento envolve viver juntos para sempre.
I Coríntios 7.1-5 nos ensina a viver juntos e partilhar unidade física juntos em uma base regular para evitar a tentação, só abstendo-se de união por curtos períodos de tempo e apenas para o jejum e oração; e assim mesmo se os cônjuges estão de acordo.
O casamento não é um relacionamento casual.
Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que haja paz entre nós (I Pedro 3.11).
É preciso cultivar uma relação que reflita o tipo de inquebrável, união de amor que existe entre Cristo e Sua Igreja (Efésios 5.30-32).
No casamento, a reconciliação significa estar continuamente empenhado em proximidade, união e parceria divina.
Haverá ocasiões quando você precisa de espaço para lidar com conflitos interiores - mas, apenas o tempo suficiente para a questão ser resolvida.
Deus ordena que os casados se reconciliem - Faça o que for preciso para que o seu casamento se mantenha forte e saudável.
Siga a sua verdade - não as SUAS emoções!

8. PERDÃO - Um modelo para os seus filhos.
Seus filhos vão conviver com um mundo hostil. Relacionar-se é dolorido. Se eles não aprenderem a perdoar terão dificuldades irremediáveis.
Um dos melhores presentes que você pode dar aos seus filhos é o espírito perdoador que você exemplifica e ensina.
O casamento nos dá oportunidades diárias para incentivar e exemplificar perdão.
Use a rivalidade entre irmãos para ajudá-los o que não significa manter um registro dos erros cometidos.
Exija que eles peçam e recebam perdão.
Podem fazê-lo de má vontade, mas aprenderão o que fazer em situações de conflito.

Conclusões:
Aplicar essas verdades no meio das escaramuças das crianças é essencial, porém seu impacto é quase nada diante do seu exemplo como casal.
Seus filhos precisam ver que vocês se amam o suficiente para perdoar sempre.
Ao perdoar, seus filhos terão confiança e segurança para confessar erros e perdoar.
A disposição de perdoar seu cônjuge torna-se uma ancora estável para o seu lar.
Perdão e reconciliação são testados ao máximo entre marido e mulher.
Confronto terá de ser abordado com o máximo cuidado.
Não faça questão de estar certo, é a reconciliação que deve ser buscada e alcançada em sua totalidade.
Faça o que a Bíblia diz! Confie em Deus e você vai vê-lo trabalhar.

Silmar Coelho é pastor; doutor em teologia e liderança pela Universidade Oral Roberts, EUA; empresário; terapeuta; conferencista internacional; e escritor de 20 livros, entre eles: ''Jamais desista'', Editora Vida e ''Transformando lágrimas em vinho'', Editora MK.

Via: www.guiame.com.br

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